quinta-feira, 23 de junho de 2011

BRASIL É ÂNCORA NO ESPAÇO LUSÓFONO

O Brasil, como principal país do Mundo Lusófono, está em permanência no centro das minhas reflexões como presidente da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP).

Disse-o, em Brasília, na comunicação que apresentei no III Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (ENBRACI), num centro de convenções bem perto do palácio presidencial da Alvorada e repito-o aqui.

O bom momento brasileiro mostra que o setor da Construção e do Imobiliário continua a ser um dos pilares do desenvolvimento de muitas economias modernas que cresceram e crescem no acesso generalizado das populações à propriedade da casa que habitam.

No Brasil, mais intensamente do que cá. Mais de 75% das famílias portuguesas são proprietários da casa que habitam enquanto que no Brasil as necessidades em matéria de habitação atingem milhões de unidades.

Esta escala faz muita diferença e dá força a um novo canto de chamada brasileiro que é uma janela de oportunidades para capitais e para trabalho qualificado, nomeadamente nas áreas dos saberes das engenharias.

O centro do Mundo desloca-se tão evidentemente para outros territórios, como o do Brasil, que somos obrigados a desenhar, pelo menos mentalmente, um novo mapa mundo onde é fácil de ver que o território da União Européia fica aquém do território da lusofonia, graças à dimensão do Brasil.

Sem ressuscitar o sonho do “El Dourado”, a verdade é que há oportunidades a abrir-se no Brasil, não apenas para as grandes empresas portuguesas, como as PT, EDP, Brisa, Cimpor, Galp Energia, Mota Engil, Teixeira Duarte, SAG, Sonae Indústria, já operando no Brasil, mas também para pequenas e médias empresas e para os profissionais liberais que saibam descobrir estas oportunidades.

Nesta redescoberta de um Brasil onde, como diz o Banco Mundial, os investidores são protegidos e há facilidade no acesso ao crédito, nem tudo serão rosas. A privatização da TAP, como tenho dito, pode atrapalhar esta dinâmica se a nossa companhia aérea de bandeira portuguesa for parar nas mãos de quem não a deseje manter nas rotas entre grandes capitais lusófonas. É preciso saber agarrar o momento.

Luís Lima / Presidende da CIMLOP

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