sábado, 23 de fevereiro de 2013

SP: UM ANO PARA AFASTAR O FANTASMA DA BOLHA


 Lançamentos devem registrar alta de 10% em 2013

O setor de imóveis iniciou 2013 com uma meta: acabar com as especulações de bolha. Segundo dados apresentados pelo Sindicato da Habitação (Secovi) nesta semana, o aumento no número de lançamentos e vendas vai ajustar o mercado e fazer com que o preço tenha uma variação leve, já percebida no último ano.

Segundo Celso Petrucci, economista chefe da Secovi, o aumento esperado no número de lançamentos é de 10%, enquanto o da venda é de 5%. Com a oferta e demanda em um patamar similar, o aumento do preço dos imóveis não deve descolar da realidade do mercado. "Vamos observar um arrefecimento dos preços", afirma o economista.

Para ele, a especulação sobre bolha já era infundada em 2012, pois, apesar de nos anos anteriores o aumento dos preços estar em um patamar elevado, as compras eram efetuadas, em sua maioria, por pessoas que estavam adquirindo seu primeiro imóvel. "Elas não compram casa para especulação, e sim para moradia", diz.

Apesar de positivo em suas previsões, o Sindicato levantou pontos considerados cruciais para que o ano tenha um bom desempenho. De acordo com a entidade, é necessáio desonerar a folha de pagamento das construtoras, rever o plano diretor da cidade e aumentar o teto de empréstimos do Sistema Financeiro Habitacional - que está em R$ 500 mil desde 2009.

O ano de 2012
O setor imobiliário permaneceu aquecido durante 2012, mas caiu em comparação com 2011. As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo atingiram 26.958 unidades. Em termos de lançamentos, houve retração de 27% ante 2011. O valor movimentado em vendas no ano passado foi de R$ 13,6 bilhões, 4,3% menor que o do ano anterior.

O segmento de dois dormitórios destacou-se com 13.371 unidades vendidas em 2012, 49,6% do total comercializado e crescimento de 0,5% em comparação com 2011. Os imóveis de três dormitórios tiveram participação de 26,9%, com 7.263 unidades vendidas no ano passado.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro

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