terça-feira, 5 de maio de 2015

BB DEVE ELEVAR JUROS DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO


Assim como a Caixa, o Banco do Brasil também deve elevar as taxas de juros dos financiamentos imobiliários.

A partir do dia 18 de maio as taxas passarão dos atuais 9,9% ao ano mais a Taxa Referencial (TR, taxa que fica próxima a zero) para 10,4% ao ano mais a TR.

As informações foram passadas por fontes que trabalham em empresas parceiras do banco e que receberam a informação por meio de um comunicado do BB. A assessoria de imprensa do banco não confirma a informação.

Segundo fontes, o texto passado para a rede de correspondentes do banco traz a seguinte frase: "A partir de 18/05/2015 o Banco do Brasil passa a trabalhar com a seguinte taxa de juros nas Linhas BB Crédito Imobiliário – Aquisição PF SFH ou CH: 10,4% a.a. + T.R". 

A nova taxa passará a ser aplicada tanto a imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), quanto pelo Sistema Financeiro Imobiliário, já que o banco trabalha com uma taxa padrão que vale para diferentes operações de crédito imobiliário.

O SFH é regulado pelo Banco Central e utiliza recursos da poupança para financiamentos de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até 650 mil reais nos demais estados. Pela maior regulação, suas taxas são menores e não podem passar de 12% ao ano.

Já o SFI é o sistema usado para financiamentos de imóveis de valores maiores costuma ter taxas mais salgadas.

O aumento nas taxas do Banco do Brasil acontece depois do anúncio de maiores restrições nos financiamentos realizados pela Caixa, que passou a exigir entradas maiores nos financiamentos de imóveis usados e anunciou duas elevações nas taxas de juros neste ano.

Comprador pode pagar até 45 mil reais a mais

A pedido de EXAME.com, o Canal do Crédito, site especializado na comparação de operações de crédito, simulou como ficarão os custos finais dos financiamentos com os novos juros do BB.

Para um imóvel de 500 mil reais, as novas taxas significam um acréscimo de 28.352 reais e se o imóvel financiado for de 800 mil reais, o comprador pode gastar 45 mil reais a mais ao final do financiamento. Veja nas tabelas a seguir os resultados do levantamento.

Imóvel de 500 mil reais (SFH)

Condições da simulação: valor do imóvel: R$ 500 mil; entrada: 20% do valor do imóvel; valor do financiamento: R$ 400 mil; prazo: 360 meses; idade do comprador: 45 anos.

CondiçãoAtualApós 18/05/15
Taxa de Juros (efetiva)9,90%10,40%
CET (Custo Efetivo Total)11,19%11,68%
Primeira parcelaR$ 4.494,46R$ 4.649,98
Última parcelaR$ 1.298,50R$ 1.298,96
Valor total do financiamentoR$ 1.100.405,03R$ 1.128.757,06
Fonte: Canal do Crédito

Imóvel de 800 mil reais (SFH)

Condições da simulação: valor do imóvel: R$ 800 mil; entrada: 20% do valor do imóvel; valor do financiamento: R$ 640 mil; prazo: 360 meses; idade do comprador: 45 anos.

CondiçãoAtualApós 18/05/15
Taxa de juros9,90%10,40%
CET (Custo Efetivo Total)11,15%11,64%
Primeira parcelaR$ 7.176,13R$ 7.424,96
Última parcelaR$ 2.062,59R$ 2.063,32
Valor total do financiamentoR$ 1.755.247,02R$ 1.800.610,23
Fonte: Canal do Crédito

Outros bancos também podem entrar no barco

Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, avalia que a elevação das taxas no Banco do Brasil é um sinal de que outros bancos podem seguir a mesma linha de encarecimento na concessão de crédito imobiliário.

"Como o BB é um banco misto, essa elevação mostra que há uma pressão do governo para o aumento das taxas, mas também sugere que o mercado deve seguir essa tendência e os bancos privados também podem aumentar seus juros", afirma Prata.

Com custos maiores, a comparação entre as condições de financiamento oferecidas em diferentes bancos é ainda mais importante.

No site do Canal do Crédito, por exemplo, é possível simular os custos do crédito imobiliário em diferentes instituições.

Fonte: EXAME.com

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